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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Doença.

Galera, em primeiro lugar desculpem-me pela demora em postar algo, mas antes tarde que nunca! O texto que segue é uma produção de 2007, acreditem, encontrei e quando li resolvi postar; espero que curtam...



A dor que sinto é causada por uma doença mortal que há tempos contraí. Assim que suspeitei, procurei alguns médicos, fiz exames sanguíneos que deram resultados esperançosos... Os papéis alegavam que tudo estava normal, melhor que nunca! Eu não acreditava nisto porque me sentia mal, resolvi fazer outros tipos de testes... Psicológicos inclusive, porém para o meu desespero e por incrível que pareça também se constatava que tudo estava na mais perfeita ordem... Eu sabia que havia erro nos exames e nos médicos, afinal aquela noite quando saí com ela houve mágica nos locais ao quais fomos, cada beijo... Ah, os beijos, ainda posso senti-los simplesmente fechando os olhos, quanto aos abraços, me arrepio de lembrar, os sussurros de “te amo” no ouvido de ambos se repetem quando me pego pensando nela!
Hoje percebo que seus olhos castanhos, falsamente coloridos, enganaram-me! De forma alguma pensei que tão maravilhosa pessoa poderia contaminar-me determinando assim o fim de minha existência feliz... Essa foi a mais evidente prova que as aparências enganam...
Na hora do sexo estava muito bem, como eu já disse procurei ajuda da ciência e a mesma não pode diagnosticar a doença que eu sabia ter pegado.
Certo dia estava numa praça chorando, pois a morte me rodeava embora ninguém conseguisse ver, um ancião percebeu minha angústia, sentou-se ao meu lado e disse:
-0 que foi criança?
-Sente-se mal? Eu sei que essa dor é horrível e parece que causará a morte, mas você verá que como todas as outras coisas da vida isso também passa...
Aquilo que o velho havia dito tirou de minha cabeça o pensamento suicida, abri os olhos, sequei as lágrimas para agradecê-lo, e quando o olhei não mais estava ali, havia desaparecido como num passe de mágica, pensei: Devo estar ficando louco. Foi aí que ouvi aquela voz novamente:
-Claro que não criança, não está louca eu sou a parte mais sensata que há dentro de você! Quero que você entenda que o que você tem nunca será visto ou explicado pela ciência, porque o amor criança é um paradoxo que ninguém, a não ser aquele que sente, pode explicar! Fiquei paralisado por alguns instantes, mas entendi que aquilo que eu chamava de doença só era um remédio que eu estava utilizando com dose errada... Agradeci ao ancião de dentro de mim, coloquei uma vírgula e continuei escrevendo minha história...


BC.