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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Sociedade e internet: a transformação de hábitos na era digital


A ascensão da internet trouxe consigo uma revolução sem precedentes na sociedade contemporânea. À medida que a World Wide Web/ o nosso, já conhecido WWW (que é a rede mundial de internet) se tornou uma presença forte em nossas vidas, a dinâmica social, os padrões de comportamento, a velocidade com que acessamos informações, enfim, a vida passou por mudanças significativas.

Outro fato é que a internet eliminou as barreiras geográficas, conectando pessoas em diferentes partes do mundo. As redes sociais foram, ao longo do tempo, ganhando espaço e tornaram-se uma das maiores formas da interação social, quase todas as pessoas têm um @ para chamar de seu. Hoje, nos comunicamos e compartilhamos informações ao alcance de um clique. As relações,
antes eram limitadas pelo espaço físico, agora não temos fronteiras. Imagine ter que esperar até o final de semana para contar aquela novidade para alguém, chega ser estranho, não é?

A comunicação instantânea, seja por mensagens, áudios, imagens, memes ou vídeos transformou a maneira como nos expressamos. Com a evolução dessa linguagem digital, permeada por emojis e figurinhas, criou uma forma única de comunicação. As redes sociais não apenas ampliaram nossa capacidade de nos expressar, mas também moldaram a percepção pública e individual. Já ouviu a expressão:

“Você é o que você come”?

Seria possível adaptar sem exageros para:  “Você é o que você posta”! 

A internet redefiniu uma série de experiências: de compra, de namoro, de interação, de pesquisa, com plataformas de aprendizagem. Embora exista democratização ao acesso à informação e à educação, ainda há muito o que evoluir. Embora a internet traga inúmeros benefícios, essa hiperconectividade também apresenta desafios, como a dependência excessiva de dispositivos digitais e redes e sociais, desafios que levantam questões sobre privacidade, saúde mental e a qualidade da convivência social.

MUDANÇA DE HÁBITOS?

A internet, como uma força transformadora, está redefinindo, fundamentalmente, nossos hábitos em diversas esferas da vida. A conectividade gerou, como dito, uma revolução na comunicação, impactou profundamente nossos hábitos de consumo, proporcionando um ambiente digital para compras e influenciando decisões por meio de avaliações virtuais. Conhece alguém que desistiu de
uma compra após ler uma avaliação negativa na internet? Para fazer um rápido teste, responda para si mesmo as perguntas: Como você se comunica com uma amiga ou um parente distante? Por carta? Quando precisa fazer uma pesquisa, seja de uma receita, seja para estudar/ revisar um conteúdo visto na aula, como você faz? E quando está indo para um lugar pela primeira vez, o que consulta para encontrar o caminho sem maiores problemas? Certamente, a resposta está relacionada com CONEXÃO À INTERNET, não é mesmo? Seria possível listar diversas outras atividades que foram impactadas com advento da internet, mas, é preciso refletir sobre os exageros dessa imersão digital, pois mesmo com tantos pontos positivos não está isenta de desafios, como a dependência tecnológica e/ou questões relacionadas à privacidade, anteriormente citadas. Em suma, a internet está moldando nossos hábitos, abrindo novas possibilidades e desafios à medida que nos adaptamos a ela. É preciso ter consciência e usar de maneira ética, responsável e respeitosa. 

Bruno Carvalho Barros - BC. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Baú

 

A nossa memória consegue
lembrar de rostos, gostos e pessoas
tudo o que aconteceu
tudo aquilo que a gente já viveu


Do melhor desenho animado...
O lugar mais irado
O sabor do bolo de aniversário...
Tá bem! Não lembra bem das cores do berçário!
Mas lembra de uns detalhezinhos
Como arrancar os primeiros dentinhos
da bola que caía nas casas dos vizinhos...

Tudo isso fica guardado no baú de nossa lembrança...
É nosso tesouro. Nossa herança.


Saudade é querer voltar nesse tempo
mas, abrir o baú requer talento
É preciso mais do que querer reviver a história
é preciso se jogar fundo e cavar bem a memória
para encontrar a chave que abre o baú do nosso pensamento...


Bruno Carvalho Barros - BC. 

Boas-vindas à poesia!

 Diga um "oi" ao mundo encantado,

onde as palavras dançam um bocado!

Nesse mundo as palavras têm cheiro e tamanho

Diga um “oi" à poesia! onde cada verso é um sonho



Brincar de poesia é combinar palavras e sentidos 

e com rimas legais encantar os ouvidos. 



Cada estrofe é um monte de tijolinho

da nossa imaginação 

e cada verso um pedacinho 

para tocar o coração 


As palavras têm som! 

E é brincando de poesia 

que, ao poema, damos o tom!



Poesia é brincar…

Brincar de faz-de-conta,

é também falar de verdades que nem todo mundo conta.

É chorar e sorrir num mesmo poema

Refletir e agir como se fosse um lema.


Então, venham brincar de poesia!

Você vai gostar, de verdade!

Brincando a gente aprende coisas de tudo quanto é realidade!


Bruno Carvalho Barros - BC.


quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Pia de louça

 

Lá em casa tem uma pia
Parecida com a da casa da minha tia
a primeira pia do dia é a do café
Tem xícara, bule e é a louça do André
Pia número dois é a do almoço
Essa é a da mamãe, porque é um alvoroço
a pia três é a do café de tardezinha
Essa eu consigo lavar sozinha



Aí, tem uma pausa
...


Só que chega a hora de fazer o jantar
Corta cebola, alho, tempera salada...
A pia, lotada, só falta chorar
Coitada!


A pobrezinha fica suja antes mesmo da comilança
depois, de barriga cheia, a gente se olha e pergunta:
E NESSA LOUÇA ...QUEM É QUE DANÇA?


Papai ensaboa
mamãe prefere enxaguar.
Eu seco! André prefere guardar!
Terminamos a louça, ficamos todos de boa! 


 
Bruno Carvalho Barros - BC.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Jardim


Somos sementinhas lançadas numa terra fértil. Pretendemos dar sorte. Inicialmente precisamos de cuidados específicos, com pouquíssima luz numa espécie de estufa que nos protege do restante do mundo, mas aproximadamente nove meses depois (um pouco antes dependendo do caso) somos levados a um jardim externo, cheio de outras tantas flores e plantas. Àquela terra somos inseridos e lá nos fortalecemos, vamos crescendo, ganhando cor e forma, ficando robustos...

O Tempo passa e com ele muitos jardineiros vêm e vão. Adubam a terra onde estamos e nos regam, nos podam, fazem de nós a flor que todos olham ao passar pelo jardim. Alguns jardineiros são bons, outros péssimos (há profissionais ruins em todas as profissões). Em dado momento dessa história somos flores já bem grandinhas, capazes de utilizar a chuva para não morrer de sede, aprendemos que a luz do sol é fundamental para termos forças e a usamos sem hesitar; lidamos com os diversos climas da natureza. Sobrevivemos. Estamos ali, na solidão coletiva que é viver num jardim. Uma contradição em termos.

Jardim é um terreno onde são cultivadas plantas ornamentais, como muitos chamam. Uma composição paisagística que serve para encher os olhos das pessoas. O que muitos não sabem é que em meio a tanta beleza nascem espontaneamente plantas exóticas capazes de interferir, negativamente, no fluxo das coisas. Estas são fortes, adaptáveis e nem sequer precisam de uma fertilização específica; as flores têm todo um caminho para se apresentarem formosas e sem mais nem menos, surge uma coisa capaz de colocar tudo a perder. Maldita erva daninha, não é uma planta específica, mas qualquer uma que chega espontânea e prejudica a outra. A Flor precisa competir por nutriente, água e espaço. Uma luta. Inúmeras vezes a pobre Flor nem percebe que aquela plantinha, aparentemente inofensiva, é uma inimiga potencial.
       
         Há muitos jardineiros de olhos bem abertos para este jardim. Ufa, que sorte! São eles que identificam a plantinha oportunista e tentam arrancar dali, para nos deixar crescer e nos movimentar com a leveza da brisa (como deve ser). Mas a grande questão é que essas plantinhas que nasceram não saem assim de um dia para o outro, requer tempo, paciência, tanto do jardineiro que resolveu arcar com o trabalho quanto da flor atacada.  Ao se tratar do jardineiro, compete à flor reconhecer sua beleza, encanto, e valor. É uma Escolha intransferível (da flor) permitir que mãos intervenham naquele terreno hostil, assim como é Escolha dela acreditar que o oportunista seja o jardineiro. Salvação ou perdição, umas preferem ser cuidadas no presente e outras se deixam corroer com as ervas daninhas de outrora. Triste, mas é uma escolha e livre arbítrio é lei maior e sempre será. Não esqueça!
     
           Somos flores num vasto jardim, convivendo com a diversidade de vida ali presente, recebendo visita de borboletas e hora e outra precisando de mãos que nos cuidem. Haverá maus jardineiros querendo cortar nosso caule por puro prazer de nos ver menores (a beleza pode incomodar, causar insegurança), contudo, nossa força está na resistente raiz que preservamos bem lá no fundo. Somos efêmeros, mas não estamos sozinhos nessa existência. Sofremos a ação do tempo, enfrentamos todas as estações. As intempéries do inverno nos murcham, mas não há inverno eterno, inferno! Sempre há uma primavera que nos fará flores mais radiantes, mais viçosas, mais flores. Aproveitar o bom de cada tempo, o melhor de cada visita, esquecer a dor latente, mas nunca o que ela nos ensinou é o que nos cabe.

"Não é pelos “pra sempre”, e sim pelos instantes infinitos que vivemos no jardim e, sobretudo, a quem vamos nos mostrar da ponta da raiz até a mais peculiar pétala".


BC.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O Senhor Razão e a Danada Emoção




Razão e Emoção são moradores de nós. A vida desses dois é uma dicotomia e tentar compreendê-los deixa qualquer um de cabelos em pé!


O Razão é um morador velhinho, homem bom, mas cheio de medos e cuidados. Há quem diga que ele seja meio neurótico, o fato é que o Sr. Razão já passou por poucas e boas e, por esse motivo, nos aconselha a parar diante de um porrada de situações. Ah, quando está diante de uma situação a qual não viveu isso não o faz arriscar, ele sempre conhece um fulano que já passou por aquilo. Ele é cauteloso, busca analisar variáveis e sempre presta muita atenção onde pisa.  Sim, sempre. 

A Emoção, por sua vez, é uma moleca espoleta e sorridente que não pensa em não sentir. Ela brinca, pula, se suja, grita, xinga, chora, fica calada fazendo birra, ela faz tudo que lhe dá na telha sem se importar com o julgamento dos outros, afinal, o sentir é individual e cada um tem seu cada qual.

São de gerações diferentes esses dois. Um beijo mais
caliente para ele é  exposição e para ela demonstração de afeto. Ele gosta de lógica e ela é meio incongruente. Ele pergunta se vale a pena, enquanto ela arrisca e vê isso depois. Ele pensa em economia para o futuro, ela quer mais viver o presente e faz sobrar mês no fim do salário. Planejamento e improviso; Cuidado e risco. Ciência e fantasia...


São de gerações diferentes esses dois. Calmaria e agitação; carrossel e montanha-russa; pesca e surf; isto e aquilo; aqui e acolá. Assim são esses dois... De gerações tão diferentes que mal dá pra explicar.


Se não soubéssemos que moram na gente poderíamos dizer que são de galáxias distantes, tamanha disparidade entre eles. O mais difícil nisso tudo é que nós, enquanto síndicos desse condomínio onde habitam, é que precisamos manter a política da boa vizinhança, mas quem disse que sempre dá certo? Ora achamos pertinentes as colocações do velho, outrora achamos de uma chatice sem tamanho e queremos dar vez às ideias da menina.


Há dias em que estamos movidos pelo impulso e outros pelo raciocínio. Em nosso cérebro esse conflito de escolher o melhor nos tira o sono, a árdua batalha entre  o racional e o emocional - indispensáveis constituintes do nosso eu- gera uma quase inevitável confusão. Diante de Razão e Emoção somos como relógios de pêndulo oscilando entre um e outro. É preciso tomar certo cuidado com os desvios do tal pêndulo, há momentos em que o estilo racional é mais cabível que o emotivo e vice e versa; a grande questão é: Quando devemos ser racionais e quando precisamos ser emotivos? A resposta para este questionamento não encontraremos nas letras de músicas ou versos de um poema de Drummond muito menos aqui. Somos os responsáveis por colocar na balança aquilo que vivemos. O bater do martelo é estritamente individual, entretanto, o que vai resvalar dessa decisão pode afetar muita gente. Cuidado.


Para finalizar não há uma receita mágica para seguir a lógica ou a vontade; necessário mesmo é avaliar o quanto nos fará bem ou mal tal escolha. Obviamente diversas vezes sentiremos "Podia ter feito diferente", mas no fundo não podíamos não! Escolhemos de acordo com para o que estamos preparamos naquele momento. Independente de deixar se levar pela coração ou pelo cálculo de variáveis faça com que sua escolha seja intensa, verdadeira e a aproveite para aprender lições e evoluir enquanto ser em constante reforma íntima!

PS. Esses dois são de gerações diferentes, mas no fundo no fundo se amam!


BC.

domingo, 9 de outubro de 2016

VISITA


Você está tranquilo em casa, vivendo de maneira comum seus dias comuns de repente ouve um toc toc sorrateiro vindo da porta de entrada. Há vida. Certamente, por estar em casa, você veste a roupa mais confortável, desbeiçada e esquisita que tem, mas, minimamente, troca a camiseta e dá um tapinha no cabelo para atender a porta. Metaforicamente falando é assim que recebemos as pessoas em nossa vida.

Visitas que aparecem para dar um oi e que muitas vezes vêm sem avisar. Gente que chega devagar, taciturna, gente que chega na curtida de uma foto da rede social ou com um pouco mais de ousadia comentando algum post; gente que "bate à porta" com um olhar mútuo em caso de estar no mesmo ambiente. Gente que chega, simplesmente.

Não é preciso muito na verdade para irmos até a porta para abri-la, mas o deixar entrar talvez seja o grande Q da questão. A beleza é um cartão postal, uma espécie de aperitivo para o convite, mas após quinze minutos mais predicativos deverão ser revelados, superficialidade costuma assustar. Basta de relações rasas e pessoas idem.

O tempo é um aliado. Se com ele o assunto encaixa, engata e flui começamos a ficar estarrecidos por encontrar, assim, quase sem querer, um alguém com quem se tem afinidade; convenhamos, não é das missões mais fáceis na era do mi mi mi.

Com a naturalidade da boa conversa, as semelhanças nos gostos, a troca de ideias e pontos de vistas, o bom humor, as teorias da conspiração e papos cabeça, com tudo isto surge o encantamento... aquela praticamente súbita sensação de admiração e bem querer.
A gente passa a querer um "bom dia", esperar um "durma bem" e até "que saudade" com regularidade. Adaptamo-nos tranquilamente com atenção. Quem não?

O espaço ganho não abre espaço para cobranças efetivas, mas de algum modo surge uma licença natural para que nos lembrem do remédio, do horário no compromisso, até mesmo da conta a pagar. Gente que chega para somar. Com quem adoramos falar, sair, estar. Gente especial.

Ah, claro que surgem as dúvidas, o medo de embalar numa rotina nova, mas ao mesmo tempo brota uma tranquilidade ímpar e uma certeza incontestável de estar seguindo o fluxo. Go with the flow...

Eis que da porta da casa a relação evolui para a sala, da sala para cozinha porque todos têm fome (risos) e depois sobe as escadas para adentrar a um quarto, afinal o desejo é parte do pacote,  do quarto para a vida. Questão de sorte, escolha, disposição ou tudo isso ao mesmo tempo?

Aquele alguém, a visita despretensiosa que deixamos adentrar ganha seu espaço, ganha vez e voz, menção honrosa. A vida passa a dar sinais, no chat, nas últimas ligações recebidas. O coração demonstra aprovação por palpitar descompassado a cada notificação que sobe com nome específico; a mente revisita, revive, ressente, toda hora e novamente.

No final das contas a existência humana é cheia dessas peripécias de reservar momentos, a parte que nos cabe é vivê-los e apreciá-los enquanto nos forem cedidos. Quando duas pessoas têm a chance de se aproximar e não o fazem, talvez seja um tremendo desperdício de oportunidade. Sabe aquele alguém que está por aí? No metrô, na rua, lendo um livro no horário de almoço, andando distraído pelo centro, lendo esse texto? Então, este alguém pode estar esperando por você para, no mínimo, dar boas risadas. Permita-se. A vida é isso que acontece enquanto perdemos tempo analisando demais.


BC.