Uma inusitada parceria. Ricardo Vieira foi meu aluno na sexta série e hoje cursa o Ensino Médio e, para minha felicidade, topou criar este texto comigo; o post, em homenagem ao
Réveillon, trata de expectativas e sonhos, realidades e frustrações,
acontecimentos...
Os
Maias erraram sobre o fim do mundo?! Não, na verdade quem errou foi a gente,
nós e essa nossa mania desesperada de distorcer os fatos. Esse povo não perde a
oportunidade de falar que o mundo vai acabar, isso é uma boa desculpa para
saquear lojas e supermercados (como em filmes, onde o povo desesperado quebra tudo), estocar água e trapacear
jogando “Banco Imobiliário” como se não houvesse amanhã (risos). Na verdade,
segundo o calendário Maia, no ano de 2012, aconteceria mais um fim, o fim de um
ciclo, como um final de ano comum ao nosso calendário, mas, como quem conta um
conto aumenta um ponto, deu no que deu! Mas enfim, que bom que os Maias foram
mal interpretados, assim temos a chance de saborear 2013!
Ano Novo, traz ritmo
novo, e que existe uma renovação nas pessoas nessa época ninguém pode negar; os
indivíduos fortalecem suas esperanças, reveem seus planos e desejam fazer o que
sempre sonharam; nada melhor que um ano novinho em folha para tais realizações.
As pessoas acabam acreditando que no ano novo teriam mais chances ou mais
sorte, o que elas não se dão conta é que suas oportunidades teriam as mesmas
chances de acontecer no tempo no qual estão. Outros veem desta forma, justamente,
para adiar algo que seria trabalhoso, mas que teria uma suposta recompensa no
final. Sendo assim, a sensação no Novo acaba sendo repetitiva e de nada adianta
tê-la se a mesma não vier seguida de uma ação!
Pular 7 ondas, não comer aves (por conta delas ciscarem), vestir roupas
brancas... São tantas as superstições que chega ser inviável citá-las por completo,
mas nossa intenção é ressaltar uma coisa: de que adianta acreditar nas
simpatias, no ano que está nascendo e se colocar em segundo plano? Quem pode
mais, as mandingas¹ ou você? Uma boa ideia para um ano ser novo de verdade, é
uma mudança em nossas atitudes, que tal apostarmos em nós mesmos e não esperar
pela sorte ou pelos outros? As vezes é bom arregaçar as mangas e fazer algo,
buscar, se mexer, tentar...
O ano é composto por
trezentos e sessenta e cinco dias (se não for bissexto) e cada dia é diferente
do outro, temos dias de chuva, sol,calor... Semanas com as sensações de
alegria, tristeza, ódio e amor... Encontro com os amigos para confraternizar ou
trombadas para discutir... Beijos de casais se amando ou insatisfação dos
mesmos se separando... Choros emocionados com gente nascendo, e angustiados com
gente morrendo... Avaliações, entrevistas de emprego, festas, viagens, guerras,
eleições, desastres, homenagens... Ah, são tantas coisas que um ano pode nos
reservar que podíamos reservar um ano para escrevê-las.
É importante saber
que por mais que as nossas expectativas sejam as melhores, a vida pode reservar
surpresas desagradáveis também, e que teremos de ser fortes para superá-las,
contudo, em outros momentos precisaremos de humildade para lidar com as
conquistas, respeito para tratar os semelhantes, pique para sair e comemorar,
sensatez para beber e não dirigir, compreensão para reconhecer os erros e
sabedoria para pedir desculpas... É preciso saber viver, ou pelo menos tentar
viver da melhor maneira possível! E para ter um ‘Feliz Ano Novo’, lembre-se que
quando você evolui, tudo a sua volta também evolui!
¹Mandinga, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa significa feitiçaria, bruxaria.
Bruno Carvalho e Ricardo Vieira