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domingo, 30 de dezembro de 2012

Ufa, eles erraram !



Uma inusitada parceria. Ricardo Vieira foi meu aluno na sexta série e hoje cursa o Ensino Médio e, para minha felicidade, topou criar este texto comigo; o post, em homenagem ao Réveillon, trata de expectativas e sonhos, realidades e frustrações, acontecimentos...


Os Maias erraram sobre o fim do mundo?! Não, na verdade quem errou foi a gente, nós e essa nossa mania desesperada de distorcer os fatos. Esse povo não perde a oportunidade de falar que o mundo vai acabar, isso é uma boa desculpa para saquear lojas e supermercados (como em filmes, onde o povo desesperado quebra tudo), estocar água e trapacear jogando “Banco Imobiliário” como se não houvesse amanhã (risos). Na verdade, segundo o calendário Maia, no ano de 2012, aconteceria mais um fim, o fim de um ciclo, como um final de ano comum ao nosso calendário, mas, como quem conta um conto aumenta um ponto, deu no que deu! Mas enfim, que bom que os Maias foram mal interpretados, assim temos a chance de saborear 2013!
Ano Novo, traz ritmo novo, e que existe uma renovação nas pessoas nessa época ninguém pode negar; os indivíduos fortalecem suas esperanças, reveem seus planos e desejam fazer o que sempre sonharam; nada melhor que um ano novinho em folha para tais realizações. As pessoas acabam acreditando que no ano novo teriam mais chances ou mais sorte, o que elas não se dão conta é que suas oportunidades teriam as mesmas chances de acontecer no tempo no qual estão. Outros veem desta forma, justamente, para adiar algo que seria trabalhoso, mas que teria uma suposta recompensa no final. Sendo assim, a sensação no Novo acaba sendo repetitiva e de nada adianta tê-la se a mesma não vier seguida de uma ação!
         Pular 7 ondas, não comer aves (por conta delas ciscarem), vestir roupas brancas... São tantas as superstições que chega ser inviável citá-las por completo, mas nossa intenção é ressaltar uma coisa: de que adianta acreditar nas simpatias, no ano que está nascendo e se colocar em segundo plano? Quem pode mais, as mandingas¹ ou você? Uma boa ideia para um ano ser novo de verdade, é uma mudança em nossas atitudes, que tal apostarmos em nós mesmos e não esperar pela sorte ou pelos outros? As vezes é bom arregaçar as mangas e fazer algo, buscar, se mexer, tentar...
O ano é composto por trezentos e sessenta e cinco dias (se não for bissexto) e cada dia é diferente do outro, temos dias de chuva, sol,calor... Semanas com as sensações de alegria, tristeza, ódio e amor... Encontro com os amigos para confraternizar ou trombadas para discutir... Beijos de casais se amando ou insatisfação dos mesmos se separando... Choros emocionados com gente nascendo, e angustiados com gente morrendo... Avaliações, entrevistas de emprego, festas, viagens, guerras, eleições, desastres, homenagens... Ah, são tantas coisas que um ano pode nos reservar que podíamos reservar um ano para escrevê-las.
É importante saber que por mais que as nossas expectativas sejam as melhores, a vida pode reservar surpresas desagradáveis também, e que teremos de ser fortes para superá-las, contudo, em outros momentos precisaremos de humildade para lidar com as conquistas, respeito para tratar os semelhantes, pique para sair e comemorar, sensatez para beber e não dirigir, compreensão para reconhecer os erros e sabedoria para pedir desculpas... É preciso saber viver, ou pelo menos tentar viver da melhor maneira possível! E para ter um ‘Feliz Ano Novo’, lembre-se que quando você evolui, tudo a sua volta também evolui!


                   


¹Mandinga, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa significa feitiçaria, bruxaria.


Bruno Carvalho e Ricardo Vieira

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Eu quero mais obrigados!


Assistindo ao programa "Profissão Repórter" fiquei emocionado e fui motivado a escrever este post. É uma breve reflexão, mas espero que gostem!


“Mamãe, eu quero...”; “Então chefe, eu gostaria...” “Querido Papai Noel, esse ano preciso ganhar...”; “Deus, me dê...” E nesse apanhado de frases feitas nos deparamos com uma verdade: de tanto querer nos esquecemos de agradecer. 
Vendo algumas situações externas percebemos o quanto somos felizes e temos a consciência de que não há reais motivos para ficarmos tristes e chateados (somos incuráveis egoístas, isso sim!). Nossos problemas são sempre os maiores, os mais difíceis; a nossa “cruz” é a única no universo que não aguentamos carregar... Francamente, como somos dramáticos e mesquinhos. Sempre há pessoas que sorriem mesmo vivendo em condições lamentáveis, condições que ao menos imaginamos serem possíveis!

Enquanto, diante de um guarda-roupa, ouve-se um triste “Não tenho nada para vestir” há pessoas que fazem dos vãos na rua seus humildes armários. Reclamamos dos problemas com os familiares e outras pessoas dariam tudo para ter um primo distante! Reclama-se de ter que andar a pé e há gente que só queria poder andar... Vamos transformando probleminhas em montanhas de lamentação, como se a vida só estivesse difícil para nós; vidinha injusta esta não?

A proposta aqui não é levantar uma bandeira contra os desejos humanos, afinal, é tão normal querer e pedir, mas precisamos tornar normal o ato de agradecer. Quantas vezes você agradeceu uma gentileza? Você agradeceu alguma vez a paciência de seu professor ao lhe ensinar aquela continha complicada? Agradeceu aos seus pais por terem lhe dado uma chance de ter chance? Você já se agradeceu a si próprio por ter feito tudo o que fez para chegar onde está? Já agradeceu ao seu chefe pela boa condição de trabalho que ele lhe proporciona? Já agradeceu a vida por bater mais uma manhã em sua porta?  

Agradecer a uma gentileza na fila do mercado ou na da lotérica; dizer um obrigado ao motorista pela passagem que ele lhe deu, dar um ‘joia’ para artista de rua por ter oferecido um show... Atitudes pequeninas, com as quais podemos exercitar esse lado que timidamente cochila em nós!


Precisamos deixar a ingratidão de lado e agradecer por tudo o que temos, e, principalmente, por QUEM temos!




BC.